Ossos do orifício

Calha que nesta Bruzundanga velha de guerra o tráfego financeiro despontava como atividade nacional de primeira categoria no mandato de certo governante inescrupuloso e pouco afeito ao carregamento de notas miúdas amiúde. Sendo assim, era assaz porque deveras importante registrar, nos anais de orifício, que os meios mais variados podiam ser e foram empregados nesta atividade econômica de grande valor, que é o transporte de valores.

Lobo Guaraná, envolvido principal na mais recente vernissage da arte de trafegar valores monetários por meios alternativos, pediu demissão de garoto propaganda da economia nacional na manhã do dia dezessete (17) do mês vinte e dois (22), não se sabe o motivo da escolha, tampouco sobre a anomalia do calendário de Gregório que fez o número de meses se multiplicar no mesmo ano.

Em resposta às declarações do Sr. Guaraná, que deixou o quadro social desta mui honorável empresa nacional e estatizada de imediato, o candidato à sua substituição na época, no caso em tela o de expoente canino vrasileiro, Sr. Cachorro Amarelo, dizia não ter nojinho de fazer “o que for necessário” em nome da pátria, dos costumes e do vil metal. 

O Congresso da Bruzundanga enxergou com o terceiro olho da desconfiança, porém com curioso olhar, o estabelecimento, aparentemente definitivo, desta modalidade de transporte de valores, de modo que já se fala nos corredores da Torre Ereta do Palácio do Congresso sobre um cota parlamentar para aquisição de vestimentas íntimas adequadas para toda a Capitar Nacionar e adjacências, de maneira a caber mais em menos, sem sujar notinhas com os resquícios fecais parlamentares.

Não se sabe se o resultado tem sido adequado às novas circunstâncias, dado que em lugar de carregamento físico, vrasileires iniciaram a digitalização de suas moedas, que de animais de pouca peçonha passaram a ser – modicamente – pixies.

Eis o relato histórico, neste vigésimo sétimo dia do segundo mês do vigésimo terceiro ano do terceiro milênio da era jesusa. Publique-se, leia-se, suje-se gordo!

V. M.

Publicado por

sacolão.inc

muito pós-moderno da nossa parte

Deixe um comentário