ontologias do casório estatal e do vestuário geral e específico de pernas

segundo uns textos da internet, um sujeito aí tinha uma lista de etapas para derrubar o “inimigo” via propaganda (estatal, é claro, mas perfeitamente adaptada à pós-modernidade televisiva do capitalismo em ruínas).

ele copiou a lição dos “princípios da rede groebels” de alguma página no google e fez um discurso péssimo sobre a cultura nacional como se estivesse na alemania dos anos 1930. o texto abaixo não tem um link para um documentário nem trata sobre estes canalhas em particular, dado que temos encontrado até o momento apenas os neurônios da cabeça desta escrivã de onde saíram esses digitados materiais (afinal, a internet é um oceano de ctrl+c e ctrl+v, interlínguas inclusive). a verossimilhança com os almanaques de variedades é mera coincidência. vamos aos fatos da língua (e do idioma também).

coube versar, em uma noite de alegria num baile da mui amada e centenária sociedade beneficente sediada em curitiba, sobre como se deveria designar, para determinados fins, a nomenclatura oficial para a pessoa que, não ocupando cargo nenhum, está numa posição tal que, assim gostamos de tratar, é considerada uma grande dama deveras nacional em razão de seu casório com a pessoa que ocupa o cargo presidencial e assim sucessivamente.

calha que a primeira delas já está assim designada, primeira dama. a atual, inclusive, reconhecidamente e sem ocupação de cargos ou recebimento de salários, salvou o vrasil dos birolentos cagalhões que invadiram os palácios do povo vrasileiro num dia qualquer de janeiro. registre-se o agradecimento deste sacolão à dona janja. muito nos admira que, até agora, não se tenha discutido sobre os pronomes de tratamento de dona geralda. segue dissertação.

se a primeira-dama é assim reconhecida pelos populares em decorrência de sua posição na escala das damas, de que modo devemos falar da dama com quem é casado o substituto eventual do presidente? sendo ele vice, uma possibilidade é que chamemos dona geralda de vice-primeira-dama, na medida em que ela se torna assim a substituta eventual da primeira caso esta última acompanhe o cônjuge em seus afazeres internacionais.

outra sugestão possível é que, sendo dona geralda casada com o segundo homem do escalão pátrio, ela seria a segunda-dama, considerando a hierarquia dos postos deveras nacionais. mas isso pode confundir as leitoras, dado que o termo não se aplica apenas às damas, mas ao conjunto matrimonial, no que se refere à ocupação de postos em substituição eventual, de modo que poderia ser vista como aquela que, na ausência da primeira, assume o cargo de primeira, o que, sabemos, não está permitido no quadro jurídico-religioso da naçã.

por fim, é aventada a nomenclatura de primeira-vice-dama, considerando a posição exclusivamente referente às damas e seus afazeres na esfera do primeiro-damismo, uma questão fundamental para diversos assuntos, em especial aqueles relacionados aos papéis históricos destas mulheres em matérias sociais e afins. esta solução, contudo, ainda mantém a ambiguidade quanto à formalidade da posição do cônjuge.

sabemos também que, mesmo não se aplicando ao atual estado das coisas, poderia ser o caso em outros casos em que tinha um caso no meio do caminho. mas isso não vem ao caso e não se aplica nestas circunstâncias. a querela não está encerrada, pelas vicissitudes de ser vice e pela monogamia compulsória declarada pela república. portanto, aceitamos sugestões, que podem ser enviadas por carta, telegrama ou mensageiro.

no mesmo diapasão, outra questão se coloca no âmbito das ontologias. trata-se da nomeação das vestimentas e pode ser mais ou menos colocada da seguinte maneira: o conjunto de vestes especialmente manufaturado para uso nas pernas, quando separado, é conhecido pela alcunha de meias.

quando manufaturado em peça única, é chamado de meia-calça, o que pode gerar confusão, dada a questão quantitativa referente à palavra meia, que se refere à metade da cobertura do membro que a meia reveste. por isso, é ontologicamente inadequado o nome para algo que não está pela metade, mas sim no todo, ou seja, é uma calça.

ora, sendo a calça um tipo específico de indumentária, se for cosido para servir de meia, o mais adequado é chamar este item do vestuário de calça-meia, o que resolve somente a questão do formato, mas não da cobertura corporal, que é inteira em relação ao item anatômico para o qual a peça é feita, isto é, em relação à perna.

do contrário, pode ocorrer uso socialmente questionável de meias-calças arriadas, embora isso ocorra com frequência, em especial quando considerada a hipótese de as roupas em geral servirem de pretexto para alguém retirá-las e não o oposto.

sendo assim, a meia não é meia, mas inteira. uma calça inteira, por sua vez, corresponde a exatamente o que esta designação indica e não à vestimenta interna que enseja o debate.

portanto, é seguro asseverar que meias-calças não existem ou devem ser chamadas pelo que são, calças-meias, o que é igualmente inexistente, pensando na sua cobertura completa, o que nos leva a retornar ao início da discussão. sem meias-palavras ou palavras-meias, mas certamente com palavras-calças.

Ass.: Valeria Messalina, a que não usa lingerie nem calças-palavras.

“if you can’t give me love” é uma armadilha de satanás

que louco, o shakespeare foi filho da puta. o cara pintou o Otelo como um demônio salafrário. mas só porque o mouro amava a salafrária da Desdêmona. o outro salafrário, Iago, também botou pilha no coleguinha por amor, supostamente. no final, usando o “amor”, os salafrários todos fizeram altas capirotagens e tudo certo. que lindo é o amor, concluem os scholars.até que chegou um cara e falou que o nome daquele amor era chantagem emocional.

ass.: Messalina, em conversa recente com Salomé sobre as putarias que as sucederam. “beginners”, concluiram.